Presidenta da entidade cobra responsabilidade social dos empresários
Desde a semana passada, o Sindicato das Trabalhadoras/es na Indústria do Vestuário de Sorocaba e região estabeleceu um processo de negociação coletiva por empresa e também junto ao Sindicato patronal com objetivo de garantir o isolamento social da categoria, alternativa mais segura para evitar o contágio pelo coronavírus.
Nesta segunda-feira, 23, após negociação com o Sindicato, a Emphasis, maior empresa do setor vestuário da região, com cerca de mil trabalhadores/as, concedeu férias coletivas. A empresa, cuja planta se localiza no município de Votorantim, suspendeu as atividades nesta segunda-feira, 23, e só retornará no dia 21 de abril.
A Alcade também paralisou as atividades e concedeu férias coletivas por um período de 15 dias, com a possibilidade de prorrogar por mais 15 dias caso a situação da pandemia não esteja mais tranquila após o primeiro período.
Sindicato segue negociando
A negociação coletiva continua enquanto os trabalhadores e trabalhadoras em fábricas seguem sem nenhum respaldo das prefeituras, do governo de SP ou do governo federal para se precaverem do contágio pelo coronavírus. “Infelizmente, a maioria das empresas não está agindo com responsabilidade social e o poder público está ignorando a capacidade de propagação do vírus em meio à concentração de pessoas nas fábricas. Não levar a pandemia do coronavírus a sério é um risco cujas consequências podem ser gravíssimas para toda a sociedade”, analisa Paula Proença, presidenta do Sindicato.
A Sindicalista avalia que as férias coletivas são uma das alternativas para a paralisação da produção com garantia de emprego e pagamento dos salários. “É melhor as empresas concederam férias coletivas, com a garantia de que a produção poderá ser recuperada a médio prazo, do que ignorarem a evolução da epidemia na região e serem obrigadas a fechar as portas em breve”, aponta Proença.