top of page

Centrais articulam plenária nacional e têm reunião com empresários


Enquanto discutem uma medida provisória para "atenuar" efeitos da Lei 13.467, que alterou a legislação trabalhista, centrais sindicais organizam uma plenária nacional com categorias com data-base no segundo semestre e também querem conversar com empresários sobre recuperação da economia. Hoje (22) à tarde, parte delas vai se reunir com dirigentes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).


Liderada pelo seu presidente, Paulo Skaf, a Fiesp foi uma das entidades que se engajaram no impeachment de Dilma Rousseff, o que causa desconforto em alguns sindicalistas. "Estamos indo muito mais pela instituição em si, com o objetivo de criar uma pauta positiva", afirmou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, depois de encontro na sede da UGT, na região central de São Paulo.


A CUT não deverá participar do encontro com a Fiesp. Segundo Juruna, a ideia da reunião é discutir recuperação do emprego e a retomada do investimento na produção e de obras paradas, um debate iniciado no final de 2015, com o pacto chamado Compromisso pelo Desenvolvimento, interrompido durante a crise que derrubou Dilma.


Ao mesmo tempo, como medida de resistência às reformas, as centrais preparam uma plenária para 1º de setembro, com o objetivo de reunir as principais categorias que estão ou entrarão em campanha salarial. E discutir, lembra Juruna, não apenas as campanhas, mas a reforma da Previdência, que poderá voltar à pauta da Câmara, e também fazer uma discussão "mais objetiva" sobre a questão do financiamento da estrutura sindical.


Ainda amanhã, metalúrgicos ligados a várias centrais se reunirão na sede do sindicato do ABC, em São Bernardo do Campo, para organizar essa resistência. As entidades compõem o movimento denominado "Brasil Metalúrgico", que prepara um dia nacional de luta em 14 de setembro. "Vamos precisar de muita unidade para barrar as iniciativas patronais de utilizar as medidas aprovadas pelas reformas para retirar os direitos da classe trabalhadora. Não podemos permitir que essa legislação ganhe espaço nos contratos coletivos da categoria", diz o presidente do sindicato, Wagner Santana, o Wagnão.


Na Câmara, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), presidente da Força, articula discussões sobre a medida provisória. Ele deverá ajudar a promover um encontro das centrais com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

bottom of page