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No “Dia Nacional dos Aposentados(as)”, não há nada a comemorar

Data é marcada por incertezas para aposentados e contribuintes do INSS




No dia 24 de janeiro é celebrado o Dia Nacional dos Aposentados(as). Infelizmente, não há nada a comemorar. Michel Temer interrompeu a trajetória de valorização do salário mínimo, afetando a renda da maioria dos aposentados e aposentadas brasileiros.

A política de valorização do salário mínimo foi implementada pelo governo Lula em 2013, com objetivo de melhorar a renda das famílias mais pobres. Foram 15 anos de aumento real, o que triplicou o poder de compra do salário mínimo beneficiando não só aposentados, pensionistas e assistidos pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), mas também trabalhadores(as) cujos salários são historicamente baixos, como acontece no setor vestuário/têxtil.


Mais maldades estão por vir

Michel Temer quer desvincular o salário mínimo das aposentadorias. Isso significa que os aposentados/as voltarão a receber valores menores que o salário mínimo retrocedendo mais de 30 anos na dura história da classe trabalhadora brasileira, quando a aposentadoria era de “meio salário”.


Reforma da Previdência

É do conhecimento de todos que Michel Temer quer mudar nossa Constituição para implementar novas regras para aposentadoria. Mas a grande imprensa brasileira omite do povo, a verdade sobre a Reforma da Previdência.

As “novas regras”, se aprovadas, irão inviabilizar a aposentadoria que, para ser integral, os trabalhadores/as terão que contribuir quase 50 anos. A idade mínima será, segundo a PEC 289, de 65 anos para todos os trabalhadores, independente de sexo ou localização do trabalho (urbano/rural). “Vamos lutar com todas as nossas energias contra esta Reforma que atinge a todos, mas é ainda mais cruel com as mulheres. Esta será uma das principais tarefas para 2017 do movimento sindical brasileiro”, aponta Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV.


Reais motivos

A Reforma da Previdência, proposta por Michel Temer, não servirá para resolver o tal déficit e sim para beneficiar os grandes grupos econômicos, especialmente o sistema bancário, que passarão a vendar mais planos particulares e populares de aposentadoria. Na prática, caso esta Reforma seja aprovada, o INSS funcionará como uma espécie de DEPVAT: é obrigatório, mas é burocrático e o retorno é mínimo.

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