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Como será a segunda-feira de Dilma no Senado


A reta final do julgamento do afastamento definitivo de Dilma Rousseff prevê a presença da presidenta na sessão desta segunda-feira, às 9h. Dilma terá 30 minutos para se manifestar. Ela terá uma lista de 20 convidados para acompanhar sua manifestação. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viaja hoje a Brasília, é um, deles. O compositor Chico Buarque, também na lista, poderá ter acesso ao plenário, caso confirme presença.


Em seguida ao pronunciamento de Dilma, cada senador terá 5 minutos para questionar a presidenta. Ficará a critério de Dilma responder ou não as perguntas. O passo seguinte serão as intervenções por parte da acusação a defesa – com os advogados Janaína Paschoal e José Eduardo Cardozo, respectivamente. A acusação fala primeiro. Cada parte terá o tempo de 90 minutos, com direito a mais 60 minutos de réplica, e o mesmo tempo de tréplica. Os senadores passam, então, a ter 10 minutos cada um para se pronunciar – por ordem de inscrição.


O julgamento final no Senado começou na quinta-feira (25) se estendeu até a madrugada de hoje (28) – o que seria última testemunha de defesa a se manifestar, o advogado tributarista Ricardo Lodi Ribeiro, teve o caráter de seu depoimento convertido a de informante, em razão de ter advogado para Dilma. O processo será retomado amanhã.

O clima no plenário teve vários episídos de tensão, tendo como pontos altos momentos em que as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fátima Bezerra (PT-RN), em ocasiões e tons distintos, afirmaram que o Senado não teria condições morais de julgar Dilma Rousseff, já que a maioria dos parlamentares tem o nome envolvido em algum tipo de denúncia que põe em xeque sua reputação – entre eles o ex-candidato a presidente Aécio Neves e o presidente do DEM, Agripino Maia (DEM-RN).


Essa parece ser a leitura de órgão importantes da imprensa internacional. Na sexta-feira, o The New York Times publicou a charge reproduzida acima, em que Dilma se vê cercada de ratos. No mesmo dia, o francês Le Monde escreveu em editorial que a condução do processo do impeachment, em que os argumentos técnico-jurídicos nada importam para os parlamentares que já se decidiram pelo afastamento independentemente de não se comprovar crime de responsabilidade por parte da presidenta, “é golpe ou farsa”.


Será a questão posta em votação aos senadores no passo derradeiro do processo: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Roussef, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?”

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